4.1.- Oração Comunitária.

A zona de Forquilhinha pertencia à paróquia de Nova Veneza, de onde distava 18 km. O caminho para a sede paroquial era sinuoso e lamacento, acompanhando sempre o rio Mãe Luzia. Apesar da grande distância e do péssimo caminho, os moradores, principalmente a mocidade, frequentavam a missa dominical em Nova Veneza.

As pessoas que não podiam ir à missa aos domingos e dias santos, em muitos casos, por falta de animais de montaria, reuniam-se na residência de Felipe Arns, onde rezavam do livro de orações e cantos da diocese de Trier, a que pertenceram os nossos antepassados do Mosela. As orações e cantos eram sempre correspondentes à festa do dia, e, quando não havia festa especial para o dia, rezavam as orações correspondentes a partes da missa. Nos intervalos das orações eram cantados os cantos da festa ou então os cantos referentes às partes da missa, a entrada, o glória, o credo e assim por diante. A epístola e o evangelho do dia, sempre de acordo com a liturgia da Igreja, eram lidos invariavelmente após o segundo canto ou então após o glória. A leitura do evangelho, todos passavam de pé. Terminada a leitura, todos se sentavam e uma pessoa, não a que fazia a leitura, lia as explicações dadas pelo escritor sacro Leonardo Goffini, que todos escutavam com a maior atenção. Assim se procedia aqui na residência particular, como na capela depois de construída, e assim em todos os tempos e lugares da colonização. Graças a estas leituras e com explicações oferecidas constantemente é que os nossos antepassados conheciam a doutrina de Cristo e conservavam, firme e inabalável a sua à fé por quase um século; pois, os poucos sacerdotes existentes raramente e por pouco tempo, um ou dois dias, apareciam nestas colônias abandonadas e dispersas.