17.- Êxodo.

Se o movimento de imigração, a ingressão na colônia de Forquilhinha, foi uma constante, assim também já nos primeiros anos de fundação se verificou o movimento de egressão para outras paragens e, naturalmente, sempre em busca de condições mais favoráveis. É evidente que nem todos vieram a encontrar o alvo a que se propuseram, quando de sua saída. Muitos há que estariam em melhores condições de vida, se tivessem permanecido onde se achavam; outros há, porém, que alcançaram o objetivo que os atraía.

Registramos desde o começo o egresso das seguintes famílias e o destino que seguiram: Para Luzerna:- Paulo Eyng, Henrique Arns, Cuniberto Hoepers, Edmundo Preis, Erich Arns, Alberto Fritzen, Aloísio Eyng e Edmundo Sehnem; para Porto Novo, Itapiranga:- Antônio Preis, Geraldo Back, Lino Back, Davi Back, João

Jacó Back, Adolfo Fritzen, Adolfo Kühlkamp, Alfredo Kühlkamp, Vendelino Eyng, Aloísio Preis, Wendelino Weber e João Horr; para a zona do Rio do Sul: Antônio Arns, Pedro Arns, Leopoldo Preis, Walter Preis, Antônio Sehnem, Ambrósio Junkes. Paulo, Lino, Gregório, Gabriel Kühlkamp. Leonardo Eyng e Oscar Preis; para a região de Foz do Iguaçu: Estanislau Back, Simão Meurer, Áureo Eyng, Felix Eyng, Marino Eyng, Geraldo Correa, Gabriel Hoepers, Gabriel Kurtz, Martinho Kammer, Adílio Miranda; para Ivatuba e outras partes do Paraná:- João Kammer, Gregório Hoepers, Fridolino Michels, Alfredo Michels; para Curitiba:- Gabriel Arns; para Porto Alegre:- Tito Back, Heriberto Hobold, Henrique Preis; para Cruz Alta:- Jacó Arns; para a cidade de Criciúma:- Vânio Sampaio, Apolinário Tiscoski e Eugênio Michels; para outras partes do Estado: Carlos Sehnem, Paulo Ricken, Oswaldo Michels, Ervino Michels, Ricardo Steiner.

Forquilhinha ainda contribuiu, com os seus filhos, que aqui nasceram, daqui se afastaram e estão em plena atividade; muitos deles já constituíram família e ocupam posto relevante por este Brasil afora e em outras partes do globo terrestre, a saber:- no estado do Rio de Janeiro:- Leonardo Eyng e Zeno Eyng no I.B.G.E., Atiço Eyng, bancário. Em Florianópolis:- Paulo Preis, professor e ex-deputado, ora membro do tribunal de Contas. Nelson Back, professor na escola de Engenharia, Egon Steiner, farmacólogo. Ado Steiner, estudante e Pedro Arns, guarda-livros: no Paraná e em Curitiba:- Professores:- José Hoepers, José Spegel, Adalberto Arns, Osvaldo Arns, Otília Arns, Ida Arns, Zélia Arns, Eurico Back; engenheiro Felipe Arns: médica Zilda Arns; além desses, Osvaldo Junkes. Em Porto Alegre:- professores Tecla Steiner, Anilda Back; advogados Felix Back, Paulo Heerdt; dentista: Günter Steiner; comerciante:- Max Michels; Paulo Steiner, agr.Em Criciúma:- professores:- Doraci Nuernberg, Arlindo Junkes; odontólogos:- Adolfo Arns, Kuniberto Junkes; Engenheiro:- Bertoldo Arns; Guarda-livros Ivo Michels; advogado:- Gundo Steiner; parteiras:- Adelina Arns, Valentina Loch, Agatha Junkes; guarda-livros:- Guido Steiner, Heriberto Junkes. Cursando faculdade ainda se encontram em Porto Alegre:- Felix

Eyng, Heriberto Back, Milton Back, Dino Steiner, Jorge Steiner; Em Florianópolis:- Eno Steiner, Norberta Steiner, Ida Steiner, Teresinha Steiner e Edeltraud Arns; em Curitiba:- Felix Boeing; em Maringá: Werner Backes; em São Paulo, Irma Arns.

A escola de Agronomia em Camboriú, freqüentam atualmente os seguintes alunos: Alcides Tiscoski, Jair Savi, Valmor, Mauro e Celso da Silva, três irmãos, Enedir da Silva, Belói Steiner e Voimer Loch. Fazem ainda estágio de três anos de artesanato na Áustria os seguintes moços: Armínio Eyng, Lucas Borgert, Fidelis Hoepers, Mateus Hoepers, Aldo Steiner, Milton Steiner, Antônio Eyng, Paulo Arns, Otto Ortmeyer, Heins Ortmeier, Leodegar Hobold, Zeno Hobold, Delfino Heerdt, Antônio Heerdt, Antonio Berkenbrock e Bruno Steiner.

Cursam atualmente a Escola Militar da Polícia os seguintes moços: Valmor Backes, Pedro Eyng e Francisco Hoepers.

Em trabalhos domésticos ocupam-se de momento nos Estados Unidos da América do Norte as seguintes moças:- Lucinda Westrup, Nadir Loch e Maria Salete Horr; na Alemanha:- Elisabete, Clara, Marta e Hedi Ortmeier, quatro irmãs. Estudam e estão empregados em São Paulo: Ademar Back e Elmo Steiner.

Em pontos isolados encontram-se no Paraná como capataz de uma fazenda o jovem Hélio Steiner. Seguindo a carreira militar se encontra em Brasília Celso Ricken.

Em Concórdia na Extensão Rural:-Imelda Horr e, finalmente, em Joinvile, o

construtor de redes elétricas, Ciro Steiner.

A seguir os filhos de Forquilhinha que abraçaram a vida sacerdotal e o local de suas atividades atualmente: Dom Paulo Evaristo Arns, Bispo Auxiliar de São Paulo e Secretário da Santa Sé para os Não-Crentes. Frei Dr. Mateus Hoepers, ex-Ministro da Ordem Franciscana e atualmente Delegado da Ordem Terceira de São Francisco e Inocêncio Warmling, da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, ambos no Estado da Guanabara. Frei José Fritzen, Frei Oscar Preis e Frei Alberto Beckhauser, este Doutor em Teologia e com curso especializado em Liturgia, feito em Roma, todos em Petrópolis, Estado do Rio. Frei Crisóstomo Arns, lente de diversas faculdades de Curitiba e Diretor da Faculdade do Bom Jesus em Curitiba. Frei Jerônimo Back, ex-definidor da Província Franciscana em Ituporanga; Frei Ático Eyng, Vigário e fundador da congregação das Irmãs Paroquiais, em Nilópolis, Estado do Rio de Janeiro; Frei Vilson Steiner, Diretor do Colégio Santo Antônio em Blumenau; Padres Bernardo e Silvestre Junkes, Vigário e coadjutor da paróquia de São Donato de Içara; Padre Alfredo Junkes, Vigário em Biguaçu; Frei A. Guidarini, em Camboriú; Padre Heriberto Borgert, Vigário em Aiurê; Frei Osvaldo Loch, nos Estados Unidos da América do Norte. Frei Paulo Back, Prefeito no Seminário em Agudos, Estado de São Paulo. Padre Max Eyng em Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro. Ao todo, 17 sacerdotes.

Em continuação damos os nomes das filhas de Forquilhinha que seguiram a vida religiosa nas diversas Ordens ou congregações e onde, na atualidade é o seu campo de ação. As irmãs Alberta Preis, Erica Borgert, Ângela Horr,acad. em Farmacologia, e Leopoldina Loch acad. em Teologia, no Instituto Santa Inês de Porto Alegre; as irmãs Helena Arns, acad. Luciana Back, acad., e Beatriz Sehnem, acad em Santo Antônio da Patrulha; as irmãs Hildegunde Arns, Diretora, Otília Westrup e Aloísia Back, na escola em Feliz; as irmãs Gabriela Arns, acad., e Edite Back, na Barra do Ouro; as irmãs Teresinha Arns, acad., Anita Maag e Valburga Back em Três Forquilhas, todas no Estado do Rio Grande do Sul; as irmãs Inês Back, Luzia Back, Ester Steiner (falecida) e Ancila Back, no Hospital São José de Criciúma; a irmã Gertrudis Hoepers no Colégio de nossa localidade. Todas as acima mencionadas pertencem à Congregação das Irmãs Escolares.

As irmãs a seguir pertencentes à Congregação das irmãs da Divina Providência: Evilásia Eyng, Cleofas Hoepers, ...Kammer, em Florianópolis; a irmã

Rovena Hoepers, Diretora em Garibaldi; irmã Dora Hoepers no Hospital em Blumenau; Isaura Kühlkamp em Curitiba; as irmãs franciscana Felipana Boeing, Estela Ortmeier, e Ernestina Heerdt dedicam os seus trabalhos em Ituporanga e São Pedro de Alcântara e, finalmente, as irmãs paroquiais, a saber, a irmã Griseldis, Neli, Lúcia, Sílvia, Bertila e Gertrudis, todas com sobrenome Eyng, encontram-se em Nilópolis Estado do Rio de Janeiro ou em São Paulo. O número total das irmãs, filhas da localidade de Forquilhinha ascende a 35.

Ainda, para pôr termo a este rol, que já vem longo, citamos os nomes de pessoas com cursos especializados e com atividades em nossa localidade, que são:- Fidelis Back, Diretor Presidente do Frisulca; Genuíno Steiner, Secretário da Cooperativa de Eletrificação Rural, Alvino Kurtz e Rudi Steiner, todos guarda-livros; Inocêncio Warmling, veterinário, formado no km 47 do Estado do Rio de Janeiro; Afonso Back engenheiro-agrônomo, formado em Porto Alegre; as professoras Frida Back, Alice Steiner, Imelda Back, Alda Steiner, Valda Steiner Leonídia Michels, Lorena Michels, Jane Tiscoski e Salete Aléssio, normalistas.

Considerando, pois, que estas pessoa, espalhadas por todas as partes e em atividades diferentes, muitos com elevada cultura, prestando inestimáveis serviços a Deus e à Pátria, partiram da pequena colônia, que deste título não evoluiu, não do distrito todo, mas de Forquilhinha propriamente dita, atualmente não ultrapassa a duzentas famílias, que apenas tem 56 anos de existência, que lutou com extremas dificuldades de toda sorte, que estas famílias, não paupérrimas, são pobres e que pode consignar tais contribuições à humanidade, vem à mente a interrogação: Qual foi a causa? A origem? O motivo? A razão? E continuamos a perguntar:- Seriam as lutas mantidas com a primeira escolinha tão combatida? As lutas e os dissabores sofridos por um atendimento correto e adequado na cura de almas? As lutas para melhorar a escolinha e a cura de almas para chegar ao estado que agora se encontram? Bem, paremos de investigar. Também não daremos a resposta a estas perguntas e deixaremos para a posteridade meditar e responder.

Não podemos encerrar este capítulo sem nos recordar daqueles que também egressaram daqui para a vida do além. São estes os nossos pais, irmãos, amigos e tantas outras almas boas e generosas, que jazem em nossos cemitério. Para citá-los nominalmente seria difícil. Queremos no entanto, num preito de reverência todo especial citar os nomes de Frei Alberto Preis, que seguiu, já moço de 19 anos de idade para a carreira sacerdotal e que, após a sua ordenação, trabalhou na vinha do Senhor com grande proficuidade e veio a falecer relativamente moço ainda em Lajes, onde repousam os seus restos mortais; Frei Beno Sehnem, que pouco antes de sua ordenação, atacado da terrível moléstia, a tuberculose, faleceu em Campos do Jordão, São Paulo; o clérigo Jaime Kurtz, estudante de Teologia, no Seminário dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, com vida esperançosa, veio a falecer e finalmente a Irmã Benigna Kurtz, irmã consangüínea de Jaime, que ainda no noviciado, foi atacada de tumor canceroso, que pôs rápido

fim a sua vida esperançosa e jaz em nosso campo santo.