História de Forquilhinha

INTRODUÇÃO

Neste ano de 1995, comemoramos o centenário de nascimento do professor Adolfo Back, homem singular, que deixou situação econômica vantajosa em Blumenau por amor a Forquilhinha.

Acima de tudo punha ele a fé em Deus e o bem-estar da comunidade para a qual ele vivia e se sacrificou, muito mais do que possam imaginar os nossos conterrâneos. Educava os filhos e conquistava os seus alunos por sua incomensurável bondade: com a sua simples presença impunha ordem e disciplina. Não eram necessárias palavras, bastava um olhar.

Para homenageá-lo, no seu centenário e no próximo sesquicentenário da imigração de nossos antepassados Back e Arns, os filhos resolvemos publicar, em formato de livro, dois escritos que ele redigiu em fins de 1968, o primeiro, a HISTÓRIA DE FORQUILHINHA, o segundo ORIGEM E PROPAGAÇAO DA FAMILIA BACK EM SANTA CATARINA. Embora incompletos, pois já se passaram mais de 25 anos desde que ele guardou a caneta, são o testemunho de quem viveu boa parte da narrativa; o segundo é uma contribuição para estabelecer a trajetória dos descendentes de Mathias José Back, imigrante nascido em 1799. Acrescentamos apenas os nomes de seus netos que nasceram depois de 1968, e uma relação dos bisnetos, nenhum dos quais ele chegou a conhecer em seus 77 anos de vida. Adolfo Back nasceu em 26/04/1895, em São João do Capivari, filho de João José Back e Isabela Westrup. Em 1912, a família mudou-se para Forquilhinha: De 1917 a 1920, inclusive, fez o Curso de Formação de Professores, no Colégio Santo Antonio, em Blumenau, e estudou Contabilidade. Foi classificado em concurso público como professor estadual, mas não assumiu o cargo, ficando a lecionar, durante os anos de 1919 e 1920, no Colégio Santo Antônio, e, em 1919, a dirigir a escola do bairro de Altona.

Retornando a Forquilhinha foi eleito conselheiro do Conselho Paroquial e reeleito por 49 anos. De 1920 a 1942 foi dirigente do coral da paróquia e fundou e dirigiu o coral masculino de 4 vozes. De 1921 a 1936 lecionou na escola primária comunitária de Forquilhinha. Em 1935, assumiu a gerência e a contabilidade da primeira cooperativa de Forquilhinha, que funcionou sob o nome de SOCIEDADE UNIAO COLONIAL.

Casou-se, em 12/05/1921, com Adélia Arns. Em 1957, deixou a cooperativa com sua aposentadoria. Foi vereador de Criciúma, no período de 1947 a 1958 em 1951, Presidente da Câmara. Em 1962, recebeu o título de Cidadão Criciumense. Publicou um artigo sobre Vivendas nas Zonas de Colonização Alemã no Sul de Santa Catarina, na revista Humanitas da Faculdade Católica de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná.

Faleceu, no dia 15 de agosto de 1972 no dia de Assunção de Nossa Senhora, com seu próprio comentário: "Que belo dia de se morrer!"

Forquilhinha, outubro de 1995.

Eurico Back